A estrutura das revoluções científicas (Thomas Kuhn)

Kuhn, T. S. (2000). A estrutura das revoluções científicas. São Paulo, SP: Perspectiva. (Trabalho original publicado em 1970).

Título original: The structure of scientific revolutions

Tradução: Beatriz V. Boeira e Nelson Boeira


9Obra tida hoje como uma contribuição fundamental para o estudo da história das ciências. A primeira edição (em língua inglesa) foi publicada em 1962. A tradução refere-se à segunda edição de 1970 que conta com um posfácio de 41 páginas nas quais o autor esclarece e refina alguns pontos de sua obra.

Resumidamente, a tese de Kuhn é a de que o progresso científico se dá através de “revoluções”. Uma revolução implica no abandono de uma estrutura teórica (um paradigma) e sua substituição10 por outra, incompatível com aquela.

Destaco duas asserções instigantes do autor: a primeira é a afirmação de que não há argumento puramente lógico que demonstre a superioridade de um paradigma sobre outro e que force, assim, um cientista racional a fazer uma mudança e a segunda é que partidários de paradigmas rivais não aceitarão as premissas uns dos outros e assim não serão, necessariamente convencidos pelos seus argumentos.

Isto posto, fica evidente que o autor não compartilha a ideia de que o progresso da ciência se dá por aproximações cada vez maiores com a “realidade”, afastando-o de propostas filosóficas da ciência ligadas, por exemplo, ao realismo e ao indutivismo. O livro faz parte da coleção “Debates” da editora.


SUMÁRIO

Prefácio

Introdução: um papel para a história

Capítulo 1 – A rota para a ciência normal
Capítulo 2 – A natureza da ciência normal
Capítulo 3 – A ciência normal como resulução de quebra-cabeças
Capítulo 4 – A prioridade dos paradigmas
Capítulo 5 – A anomalia e a emergência das descobertas científicas
Capítulo 6 – As crises e a emergência das descobertas científicas
Capítulo 7 – A resposta à crise
Capítulo 8 – A natureza e a necessidade das revoluções científicas
Capítulo 9 – As revoluções como mudançcas de concepção de mundo
Capítulo 10 – A invisibilidade das revoluções
Capítulo 11 – A resolução das revoluções
Capítulo 12 – O progresso através das revoluções

Posfácio – 1969